Diretores

Beto Brant

Nasceu em Jundiaí, São Paulo, em 1964. Formou-se em cinema na FAAP e começou a carreira como diretor dirigindo clipes da banda Titãs. Dirigiu curtas-metragens, como “Aurora” (1987), “Dov’è Meneghetti?” (1989, 14a Mostra) e “Jó” (1993, 17ª Mostra), antes de lançar o primeiro longa-metragem, “Os Matadores” (1997). Também dirigiu “Ação Entre Amigos” (1998, 22ª Mostra), “O Invasor” (2002), premiado nos festivais de Sundance e Havana, “Crime Delicado” (2005, 29ª Mostra), premiado no Festival de Lima, “Cão sem Dono” (2007), “O Amor Segundo B. Schianberg” (2010, 33ª Mostra), “Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios” (2011, 35a Mostra), “Pitanga” (2016), vencedor do Prêmio da Crítica de melhor filme brasileiro da 40a Mostra, e “La Planta” (2020, 44ª Mostra). Em 2019, Brant foi membro do júri da 43ª Mostra.

Guilherme Coelho

Nasceu no Rio de Janeiro. Depois de estudar jornalismo, teatro e se formar em economia, fundou a Matizar Filmes. Seus documentários Fala Tu (2003, 27ª Mostra), PQD (2007, 31ª Mostra), Fernando Lemos, Atrás da Imagem (2005, 30ª Mostra) e Um Domingo com Frederico Morais foram exibidos em diversos festivais ao redor do mundo, incluindo Festival de Berlim (Panorama), Cinéma du Réel, Festival do Rio e Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Produziu Jogo de Cena e Moscou, do documentarista Eduardo Coutinho.

Em 2015, Guilherme fez parte do Berlinale Talent Campus e, ainda naquele ano, estreou no cinema de ficção com Órfãos de Eldorado (2014, 39ª Mostra). Escrito e dirigido por Guilherme, o filme foi exibido em diversos festivais. Em 2017, Guilherme participou do Programa de Talents em Buenos Aires. Atualmente está desenvolvendo seu segundo roteiro de longa-metragem, Neuros, que foi selecionado para a Paris Co-Production Village (2018) e Script Circle, Berlim (2018). Além disso, acaba de finalizar o documentário Luz Acesa, selecionado para a 44ª Mostra.

Ai Weiwei

Nasceu em Pequim, China, em 1957. Dissidente político e um dos principais artistas contemporâneos, Ai Weiwei também atua como cineasta, fotógrafo e arquiteto. Filho de Ai Qing, um dos poetas mais conhecidos da China, ele cresceu no exílio dentro do próprio país. Quando jovem, Ai Weiwei se mudou para Nova York, onde estudou por um período na Parsons School of Design, mas seu principal aprendizado aconteceu com artistas e intelectuais locais. Retornou à China no começo da década de 1990, época em que realizou alguns de seus trabalhos mais famosos, como a destruição de uma urna milenar da dinastia Hun e a série de fotografias Estudo de Perspectiva. Entre seus filmes mais conhecidos, estão os documentários Disturbing the Peace (2009), So Sorry (2012) e Ordos 100 (2012). Em 2017, na 41ª Mostra, Ai Weiwei assinou o cartaz da edição, apresentou o documental Human Flow - Não Existe Lar se Não Há para Onde Ir e foi homenageado com o Prêmio Humanidade. Na 44ª Mostra, ele exibe Coronation e Vivos.

Jafar Panahi

Nasceu em Minaeh, no Irã, em 1960, e estudou direção de cinema e TV em Teerã. Mais importante cineasta iraniano em atividade, foi assistente de direção de Abbas Kiarostami em Através das Oliveiras (1994), vencedor do Prêmio da Crítica na 18ª Mostra. O Balão Branco (1995, 19ª Mostra), seu primeiro longa-metragem na direção, recebeu o prêmio Caméra d’Or para novos diretores no Festival de Cannes. Dirigiu também obras como O Espelho (1997, 22ª Mostra, na qual foi membro do Júri Internacional), vencedor do Festival de Locarno, O Círculo (2000, 24ª Mostra), ganhador do Leão de Ouro no Festival de Veneza, Ouro Carmim (2003, 28ª Mostra), Prêmio do Júri da seção Um Certo Olhar, em Cannes, e Fora do Jogo (2006, 30ª Mostra), vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim. Em 2010, foi condenado a seis anos de prisão e proibido de filmar ou sair do Irã por 20 anos sob a acusação de fazer propaganda contra o governo iraniano. No ano seguinte, realizou Isto Não É um Filme (2011), exibido na 35a Mostra. Também assinou a direção de Cortinas Fechadas (2013, 37a Mostra), pelo qual recebeu o Urso de Prata de melhor roteiro no Festival de Berlim, Táxi Teerã (2015), melhor filme no Festival de Berlim, e 3 Faces (2018, 42ª  Mostra), melhor roteiro em  Cannes. O cineasta recebeu o Prêmio Humanidade na 42ª Mostra, em 2018.