Júri

Cristina Amaral

Nascida em São Paulo em 1954, Cristina Amaral é uma das principais e mais importantes montadoras do país. Estudou cinema na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) e, nos anos 1980, ainda na faculdade, começou a trajetória no cinema montando curtas-metragens. Trabalhou com alguns dos mais relevantes realizadores do país, como Carlos Reichenbach, com quem teve uma extensa parceria em filmes como Alma Corsária (1993, 37ª Mostra), Dois Córregos (1999), Garotas do ABC (2003), Bens Confiscados (2004, 28ª Mostra) e Falsa Loura (2007). Também trabalhou com João Batista de Andrade em O Cego que Gritava Luz (1997), com Guilherme de Almeida Prado em A Hora Mágica (1999) e com Edgar Navarro nos títulos O Homem que Não Dormia (2012, 35ª Mostra) e Abaixo a Gravidade (2017, 41ª Mostra). Sua parceria mais notória se deu com o cineasta Andrea Tonacci, com quem criou em 1997 a Extrema Produções Artísticas e cujo trabalho rendeu algumas das obras mais emblemáticas do cinema brasileiro recente, como Serras da Desordem (2006, 30ª Mostra) e Já Visto Jamais Visto (2013). Em 2019, o trabalho de Cristina foi tema de uma retrospectiva no Sesc Pompeia.

Felipe Hirsch

Nasceu no Rio de Janeiro em 1972. É diretor, dramaturgo, cenógrafo e produtor de teatro. Com o ator Guilherme Weber, fundou em 1993, na cidade de Curitiba, a Sutil Companhia de Teatro, que estreou cerca de 20 montagens, incluindo A Vida É Cheia de Som e Fúria (2000), adaptação do romance Alta Fidelidade, do escritor Nick Hornby, peça que foi sucesso de crítica e público por onde passou. Hirsch é, ainda, um dos criadores da Ultralíricos, companhia na qual desenvolve experimentações cênicas, como o espetáculo Puzzle, apresentado na Feira do Livro de Frankfurt no ano de 2013. Na televisão, dirigiu para a MTV brasileira a série A Menina sem Qualidades (2013). Enveredou para o cinema em 2009, quando estreou na direção de longas-metragens com Insolação (33ª Mostra), feito em parceria com Daniela Thomas, e exibido no Festival de Veneza. Também assinou a direção do longa Severina (2017, 41ª Mostra), selecionado para o Festival de Locarno.

Sara Silveira

Nasceu em Porto Alegre em 1950. Nome fundamental da produção cinematográfica brasileira, Sara Silveira, formada em direito, entrou para o cinema nos anos 1980 como assistente de produção de filmes como Nasce uma Mulher (1983), de Roberto Santos, e Além da Paixão (1984), de Bruno Barreto. Em seguida, foi diretora de produção de obras como Anjos do Arrabalde (1987), de Carlos Reichenbach, e A Dama do Cine Shanghai (1987), de Guilherme de Almeida Prado. Em 1991, fundou, com o cineasta Carlos Reichenbach e em parceria com a produtora Maria Ionescu, a Dezenove Som e Imagens, empresa reconhecida por revelar novos talentos do cinema nacional e levá-los para o mundo. De lá para cá, a Dezenove já produziu (ou coproduziu) alguns sucessos do Brasil, como Bicho de Sete Cabeças (2000, 24ª Mostra), de Laís Bodanzky; Falsa Loura (2007), de Reichenbach; Ó Paí, Ó (2007), de Monique Gardenberg; É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert; Girimunho (2011, 35ª Mostra), de Clarissa Campolina e Helvécio Marins Jr.; Trabalhar Cansa (2011) e As Boas Maneiras (2017, 41ª Mostra), ambos dirigidos por Marco Dutra e Juliana Rojas; e O que se Move (2012, 36ª Mostra), de Caetano Gotardo. Na 44ª Mostra, além de integrar o Júri, Sara apresenta o longa Todos os Mortos, de Marco Dutra e Caetano Gotardo, e receberá o Prêmio Leon Cakoff.