24 de outubro de 2020
Imagem do filme Eyimofe (Esse É o Meu Desejo)
O ano de 2020, para além da pandemia que forçou uma mudança de rotina e hábitos em todos, também ficará marcado pelos protrestos em defesa de vidas negras. A 44ª Mostra apresenta em sua programação nesse ano alguns títulos em que o protagonismo se volta para histórias negras e debates sobre o racismo, dando voz a personagens, situações urgentes e um olhar sobre o passado.
Entre os filmes estão 17 Quadras, que registra uma familia marginalizada na capital norte-americana; A Arte de Derrubar, documentário que observa o ínicio do movimento fallism; Berlin Alexanderplatz, uma nova roupagem ao romance clássico de Alfred Döblin, e que coloca um imigrante africano como protagonista; Eyimofe (Esse É o Meu Desejo), um olhar sobre a Nigéria a partir de dois personagens tentando sobreviver; Farewell Amor, que conta a história de uma família angolana que se reecontra depois de muitos anos no Brooklyn; Impedimento em Cartum, documentário sobre jogadoras de futebol no Sudão, exibido em diversos festivais ao redor do mundo; Isso Não É um Enterro, É uma Ressurreição, em que uma viúva de 80 anos luta contra a destruição de sua comunidade por uma barragem no Lesoto; Kairós, onde um um ex-funcionário de um banco na Colômbia se vê as voltas com o crime perfeito; Nossa Senhora do Nilo, premiado longa-metragem sobre um colégio católico em Ruanda nos anos 1970; e Poppie Nongena, um retrato sobre o apartheid sul-africano.
Entre esses olhares e histórias também estão os filmes brasileiros Casa de Antiguidades, de João Paulo Maria Miranda, Chico Rei entre Nós, de Joyce Prado; Cidade Pássaro, de Matias Mariani; Entre Nós um Segredo, de Beatriz Seigner e Toumani Kouyaté; Samba de Santo - Resistência Afro-Baiana, de Betão Aguiar; Um Dia com Jerusa, de Viviane Ferreira; Todas as Melodias, de Marco Abujamra e Todos os Mortos, de Marco Dutra e Caetano Gotardo.