Arquivo

Nitrato de Prata (1995)

Sobre o filme

Nem documentário nem história do cinema, esta nova obra de Marco Ferreri procura situar as emoções dos espectadores que, nos últimos 100 anos, entraram algum dia numa sala de projeção. 0 cinema é colocado como um lugar de encontro, acima de tudo. Já nas primeiras décadas do século, as pessoas se reuniam em enormes salas com nomes pomposos como Palácio, Império, Eldorado ou Eden, em busca de sedução, encantamento, proteção contra o frio ou o calor, comida, descanso ou mesmo sexo. Todo mundo ia ali, os ricos para exibir suas peles e jóias, os pobres, para sentir-se iguais aos ricos pelo menos por algumas horas. Negros e brancos, homens e mulheres, anarquistas ou republicanos dividiam o mesmo espaço sem conflitos. No cinema, aprendia-se a falar, vestir-se e comportar-se como os ídolos, como Greta Garbo ou Rodolfo Valentino. Era um lugar quase sagrado, o catalisador da imaginação coletiva, um local consagrado a um ritual, quase como uma igreja. Ao mostrar as mudanças que ocorreram nesta arte nos últimos anos, Ferreri reflete sobre como este século não seria o que é sem o cinema.

Título original: Nitrato D`argento

Ano: 1995

Duração: Longa-metragem - 90 minutos

País: Italy

Cor: Colorido/Preto & Branco

Direção: MARCO FERRERI

Roteiro: Marco Ferreri, Gianni Romolo

Fotografia: Yorgos Arvanitis

Montagem: Dominique B. Marti

Elenco: Iaia Forte, Sabrina La Leggia, Marc Berman, Christelle Legroux, Eric Berger, Doriana Bianchi, Dario Costa