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Em Cotonou, Benin, assim como em tantos lugares, a vida segue seu rumo. Mas como é que seria esse cotidiano se observado do ponto de vista de um velho carro, que passa de mão em mão e se transforma em todo tipo de ferramenta?        O velho Peugeot pertenceu, a princípio a Simon, sempre ocupado em seu trabalho de entregas a longa distância. O cozinheiro Joseph, que transformou o carro em um táxi totalmente ilegal. E os mecânicos da oficina que sempre recebia o Peugeot quase sem vida, para tentar fazê-lo funcionar por mais algum tempo.        Mas eis que um dia, o carro foi abandonado às margens da rodovia, como uma sucata. Não foi o fim do velho Peugeot. Pois foi justamente quando o escultor Simonet decidiu reunir suas peças para produzir a estátua de um deus do voodoo, Agbo, que passou a ser considerado como uma espécie de amuleto da sorte para o povo de Ouassa.