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O trauma pessoal e coletivo provocado pela tragédia e até mesmo pela sobrevivência exigiam que se desse um tempo para uma reflexão serena sobre o acontecimento. A idéia é descrever o mais detalhadamente possível o que sentiram aquelas pessoas na ocasião e o que sentem hoje 35 anos depois. Para isso conseguiu-se, pela primeira vez, o testemunho dos 16 sobreviventes. Cada um deles passou 24 horas frente a uma câmera, discutindo o sentindo transcendental da existência e questionando-se: por quê? por quê comigo? Quem decide? O diretor também trabalhou com os filhos de alguns dos sobreviventes que, com sua presença, deram um sentido maior à experiência. A produção contou com o trabalho de César Charlone, reconhecido câmera e fotógrafo de filmes como Cidade de Deus, O Jardineiro Fiel e O Banheiro do Papa (melhor filme na 31ª Mostra), para a reconstrução das cenas mais delicadas.