Palavra e Utopia (2000)
Sobre o filme
Segundo tributo do cineasta Manoel de Oliveira ao Padre António Vieira. Um de seus sermões, da série dedicada a Santo Antônio, já foi usado em Non, ou a Vã Glória de Mandar. Não se trata aqui de uma cinebiografia do polêmico padre Vieira, mas sim de um corajoso documento sobre a palavra, sobre o pensar.
Em 1663, quando o padre é convocado a comparecer diante da terrível Inquisição portuguesa, ele precisa explicar as idéias que defende, ao questionar a escravidão, a situação dos índios e as relações império-colônia. Intrigas na corte e um pequeno mal-entendido enfraquecem o poder do jesuíta, que chegou a ser amigo íntimo do rei Dom João IV. Perante os juízes, padre Vieira passa a limpo seu passado: a juventude passada no Brasil e os anos de noviciado na Bahia, seu envolvimento na causa dos índios e o primeiro sucesso no púlpito. Proibido pela Inquisição de falar em público, ele se refugia em Roma, onde conquista enorme reputação e sucesso.
Título original: Palavra e Utopia
Ano: 2000
Duração: 132 minutos
País: Portugal
Cor: color, 35mm
Direção: Manoel de Oliveira
Roteiro: Manoel de Oliveira
Fotografia: Renato Berta
Elenco: Lima Duarte, Luís Miguel Cintra, Ricardo Trepa, Leonor Silveira, Renato Di Carmine, Miguel Guilherme, Diogo Dória
Produtor: Paulo Branco