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Léon é um homem solitário que não tem nenhuma ocupação, nem mantém contato com ninguém. Tudo que faz é cuidar de sua mãe até que ela morra. Para quebrar sua solidão, gosta de roubar a correspondência dos vizinhos, de ouvir escondido a conversa dos outros, de observar as idas e vindas dos viajantes de uma pequena estação de trem. Um dia, Dolores, uma espanhola espalhafatosa, muda-se para seu bairro e chama a atenção de León. Ele fica a par dos encontros de Dolores, conhece seus sofrimentos, testemunha os altos e baixos de sua sorte e faz parte de sua vida sem que ela o saiba. Ano após ano, León anota num caderno todos os pequenos detalhes de seu cotidiano. Só por acidente, Dolores descobrirá que há alguém que se tornou sua sombra. Entre os muitos prêmios que o filme recebeu estão a menção especial do júri no Festival de Cinema Latino de Chicago, melhor filme de estréia no festival de Guadalajara (México), prêmio especial do júri no festival de Montevidéu e de melhor atriz (Lola Dueñas) no de Punta del Este (ambos no Uruguai), prêmio especial do júri e melhor direção no Festival de Cinema Nacional de Tudela (Espanha) e o prêmio Júlio Verne de melhor filme no Festival de Cinema Espanhol de Nantes (França).