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Nómadas percorre momentos das vidas de quatro personagens sem raízes, cujos destinos devem se cruzar em um mundo frio, cinza e repleto de violência e desilusão. Seu enredo é abstrato, onírico e repleto de tensões, como as que movimentam o amor impossível entre Sara e Alex, condenados a viver existências paralelas. “Procuramos experimentar e jogar com as ferramentas que o cinema nos oferece para criar um mundo de sensações. Por isso optamos por carregar o peso narrativo do filme na interpretação dos atores, no som, na fotografia e na montagem, mais que em um roteiro literário e fechado, e com isso provocar um novo estado de ânimo no espectador. Nómadas não é um dogma, não é um código, não é uma história, mas um mistério que deve ser atacado em diversos flancos, não com o objetivo de desvendá-lo, mas de desfrutá-lo”, diz o diretor, que nesta textura irreal aborda os sonhos, as ilusões, a solidão e o amor no cotidiano dos quatro protagonistas.