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A vida claustrofóbica de uma família de quatro pessoas que vive no subúrbio de um antigo vilarejo da Galícia. Em vez de um lar comum, o interior da casa espelha fragmentos de algum tipo de instalação artística que evoca uma memória vaga e distante. Quem agita a narrativa quase imóvel com um sentido de urgência cruel é o filho caçula de 30 anos. Sofrendo de asma e eczema desde a infância, ele aterroriza sua família sempre tolerante e a conduz a um mundo hermético de rituais intermináveis : o que para eles é um modo de fugir de suas extravagâncias e acessos recorrentes. O filme lembra os pedaços perdidos de um quebra-cabeça de sensações que o espectador monta para formar sua imagem final. Ihor Podolchak o caracteriza como uma obra que prova que mesmo um registro de uma rotina diária pode capturar a natureza do intelecto e da psique humana.