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Nascida numa família da alta burguesia de Milão, em 1946, Claudia Bertelli nunca foi convencional. Ainda muito jovem, fugiu de uma rígida escola inglesa para juntar-se a um bando de hippies que rumava para o Festival da Ilha de Wight, em busca do rock, paz e amor que entusiasmaram os anos 60. De volta à Itália, pula de um amante para outro e, para horror dos pais conservadores, dá à luz a um bebê negro. Engaja-se de corpo a alma no movimento feminista, casa-se com um artista, depois, vai para a África como missionária leiga. Quando seu pai morre, ela herda uma pequena fortuna. Decide, então, dar vazão ao seu sonho: tentar criar a utopia, o paraíso na Terra, criando uma pequena cidade ideal no meio do nada. Ali, pretende criar uma nova sociedade, ajudada por um guru e um velho amor dos tempos de estudante.