Elegia Oriental (1996)
Sobre o filme
Oitava Elegia, viagem meditativa em direção a um insólito vilarejo japonês, onde paisagem, casas, objetos e pessoas surgem turvos, quase imateriais, deixando-se levar pela névoa. Mais uma vez, Sokúrov volta sua câmera para pessoas simples _ as quais não podemos chamar nem comuns nem representativas do Japão moderno. A marginalidade destas almas reside em uma certa aderência aos modelos do passado, ao cotidiano e às cores locais. Contudo, seus espíritos vibram em uma freqüência muito própria, em que poesia e mitologia significam muito mais que esmolas da realidade contemporânea. Na tela, ocidente e oriente são apenas facetas diferentes de um todo indivisível. Nas anotações pessoais que precedem cada roteiro, o cineasta escreveu: “Que sonho mais estranho… Os contornos das casas escoam lentamente através das sombras brancas. Depois novamente se aconchegam, dançando com a neblina... Parece então que toda a cidade é uma pequena ilha, flutuando no espaço de um gigantesco oceano”.
Título original: Vostochnaya Elegia
Ano: 1996
Duração: 45 minutos
País: Rússia
Cor: Col
Direção: ALEKSANDER SOKUROVALEXANDER SMIRNOV
Roteiro: ALEKSANDR SOKÚROV
Fotografia: ALEXEI FYODOROV