Cartas Do Saara (2006)
Sobre o filme
Depois da morte do pai, Assane, um jovem senegalês muçulmano, interrompe seus estudos para emigrar para a Itália. Náufrago em Lampeduza, ele começa uma viagem na qual atravessa a Itália, de sul ao norte, com muita dificuldade. Ele quer chegar a Villa Literno, perto de Nápoles, onde seu primo Makhtar garante que há emprego para ele. Mas o trabalho é instável e cheio de perigos. Ele vai a Florença para ver Salimata, sua prima, cuja mãe francesa é modelo. Ela quer ajudá-lo a arrumar um emprego e regularizar sua situação no país. Mas ele não pode aceitar, porque o homem com quem ela vive é contra seus princípios religiosos. Em Turim, onde não conhece ninguém, Assane vive na clandestinidade e encoraja-se por meio de sua fé e escrevendo cartas para um antigo professor. O mestre italiano Vittorio De Seta - um dos entrevistados-homenageados no livro Cinema Político Italiano - Anos 60 e 70, editado pela Mostra em parceria com a Cosac & Naify :, realizou um docudrama com temática rara no cinema de seu país. Atento à nova realidade da Itália, que, a cada dia, acolhe mais imigrantes de países miseráveis ou em guerra, ele mostra a rota dos clandestinos senegaleses. O filme registra os diversos sentimentos que esses imigrantes provocam: solidariedade, repulsa e violência.
Título original: Lettere Dal Sahara
Ano: 2006
Duração: 132 minutos
País: Itália
Cor: color, 35mm
Direção: VITTORIO DE SETA
Roteiro: Vittorio De Seta
Fotografia: Antonio Grambone
Elenco: Djibril Kebe, Paola Ajmone Rondo,
Produtor: Donatella Palermo
Música: Mario Tronco