A Voz de Ludmila (2001)
Sobre o filme
Em abril de 1986, Ljudmila Ignatenko tem 23 anos e cinco meses de gravidez. Ela está perdidamente apaixonada por seu marido, o bombeiro Vasili. O lugar onde eles moram não é dos mais aprazíveis: Pripyat, na Ucrânia, cidade construída nas redondezas de Chernobyl. Na madrugada do dia 25 para 26 daquele fatídico mês, Vasili é chamado às pressas: o gerador de número quatro da plataforma nuclear está em chamas. “Volte a dormir, eu te acordo quando voltar”, diz ele à mulher. Vasili dirige-se então ao palco central do maior acidente nuclear da história, que expõe a população da cidade a índices de radioatividade cem vez maiores que os da bomba atômica lançada sobre Hiroshima. “Disseram-me para não ficar mais do lado dele, pois ele estava infectado e iria me contaminar”, conta Ljudmila. No dia 3 de maio, seu marido já não consegue mais levantar-se sozinho da cama. Depois da morte de Vasili, ela da à luz uma criança chamada Natasha, que permanece viva por apenas cinco dias. Segundo os médicos, foi o bebê que salvou a vida da mãe, absorvendo toda a radiação. O roteiro de A Voz de Ludmila se baseou no livro “The Prayer for Chernobyl”, de Svetlana Alekseivitch.
Título original: Ljudmilas Röst
Ano: 2001
Duração: 75 minutos
País: Suécia
Cor: Col
Direção: GUNNAR BERGDAHL
Roteiro: GUNNAR BERGDAHL
Fotografia: ANDERS BOHMAN
Elenco: LJUDMILA IGNATENKO, ANATOLIJ IGNATENKO, TATJANA KIBENOK
Produtor: PELLE ROSKVIST